Neste mês de maio, estive de férias em Portugal e na Espanha e mesmo sendo um período curto, pude constatar alguns fatos in loco. Como jah tinha um longo período que eu não ia a esses países, fiz um pequeno comparativo em relação ao que eu vi a 17 anos atrás.
- Ilha da Madeira - Um paraíso, no meio do Atlântico. Eh difícil descrever a impressão que o lugar transmite. Com um carro alugado percorremos boa parte da ilha indo literalmente do céu (Pico do Areeiro, 1818 m ) ao inferno (Centro de vulcanismo, 20 metros abaixo da superfície). Hoje, transitar pela ilha eh algo muito fácil em virtude dos túneis (mais de 125!!) e das vias rápidas. Quando lah estive em 1995, essas obras estavam começando e quanta de diferença senti! Foi tudo muito mais seguro, pois as perigosas estradas que contornavam as montanhas foram substituídas pelos túneis que me impressionaram pelo nível de segurança (saídas de emergência, redes de incêndio, exaustores de fumaça). Somando-se a isso, instalações modernas e um povo muito prestativo e com um grau de limpeza nas ruas exemplar. Outro ponto que muito me chamou a atenção foi o aproveitamento de espaço p/ a plantação. Áreas do tamanho de um carro são aproveitadas para plantar alguma coisa nos quintais das casas, desde verduras a bananeiras!! A parte sul da ilha eh coberta por várias plantações de bananeira, numa quantidade que eu não vejo aqui no Brasil hah muito tempo. Durante minha estadia por lah, pude acompanhar o noticiário e a crise, eh um fantasma que assombra o país. O telejornal da noite (apesar que noite lah, soh depois das 20:30h com o pôr-do-sol) praticamente soh falava sobre desemprego, famílias devolvendo casas queda do poder aquisitivo e outras notícias correlatas. A sensação de que a Grécia vai para o vinagre e que depois a bola da vez serah Portugal e Espanha eh mencionada constantemente. A pespectiva no país eh profudamente negra.
- Lisboa e Porto - Lisboa deu um grande salto em comparação ao que eu conhecia. Muito dinheiro foi aplicado em Portugal, através de um fundo especial da Comunidade Européia e muitas obras foram executadas (rodovias, transporte público, prédios diversos como Centro de Música do Porto e o Aquarium em Lisboa). Soh que esse dinheiro fácil, parece ter colocado os portugueses numa armadilha que a saída não serah simples. No Porto, tive a chance de ver 2 livros de Matemática para os exames vestibulares e confesso que fiquei totalmente envergonhado. O nível do ensino de lah eh muito mais forte que o nosso, numa diferença brutal. O que atenua um pouco a nossa deficiência eh a quantidade, porque se apenas 10% da população brasileira for bem formada, jah eh o dobro da população portuguesa num comparativo rápido. Nessas duas cidades a malha do metrô dah um show no metrô do Rio o que me levou a pensar que tanto na Copa do Mundo como nas Olimpíadas, teremos grandes chances de passar vergonha. No caminho para o Porto, passamos na Universidade de Coimbra e conversando com uma estudante de enfermagem o que ela pretendia fazer, mais uma vez pude ver como os portugueses estão sem pespectiva, pois segundo ela, provavelmente teria que procurar emprego na França ou Suiça. A situação dos portugueses eh muito complicada e eu ateh entendo o porque. Portugal, antes de se integrar a CE, era o fundo do quintal da Europa. Com a integração, o país experimentou uma fase de crescimento excepcional e agora com a crise, a população ficou com o temor de perder o que tem hoje (mas como diz o ditado, não existe almoço grátis).
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